Em uma certa ocasião, onde alguém
anunciava o casamento, (Recordo da conversa, mas não me recordo quando e onde
foi! Haha!) o noivo dizia que iria se casar, e que estava muito feliz com essa
decisão, mas ao fundo alguém sai com a pérola que casar era como pegar dois
passarinhos livres, prendê-los em uma gaiola, e esperar que com o stress eles
se matem. E essa pessoa
continuava a insistir, chamando o noivo de doido e comentando toda mágoa de ter
“arrastado” o tal casamento até aqui, e que se ficasse livre deste, não arrumaria
outro!
Confesso
que não pensei em debater em nenhum momento com a pessoa (sempre dou meu pitaco
kkkk), porém prestei bastante atenção ao que a pessoa falava, e quanto mais ela
dizia aquilo, mais ela ligava a vida dos pássaros aprisionados as situações
difíceis no qual todo casal passa. E eu ficava pensando quais foram as
experiências dessa pessoa durante o casamento? Será que este é o verdadeiro
significado de casar? Fiquei intrigada, mas naquela ocasião (eu acho) deixei
para lá.
Mas, lógico, que tenho uma resposta para tais
argumentos não é mesmo!?
Primeiramente, porque tenho plena certeza que não
casei para me aprisionar em gaiola, sou pássaro livre, gosto de voar e
cantar. As pessoas confundem liberdade com vida de solteiro, e este é um erro
grave. Viver junto não significa deixar de dar satisfações, porque todos nós
gostamos de saber onde o outro vai, mesmo que ele(a) diga, "vou ali e já volto".
Isso é questão de cuidado, como alguém sai sem ao menos “abanar o rabo” não é
mesmo? Entendam caros marujos, que isso não significa que o outro, ou você,
deva ter controle das idas e vindas do seu parceiro, você apenas deve ser
informado. Caso não se agrade do local, ou da(s) pessoa(s) com quem seu parceiro(a)
irá sair, seja franco e converse sobre esses sentimentos. Melhor explicar tudo,
tenho certeza que você será ouvido e esclarecido. Mesmo que seu parceiro(a) ainda vá a tal ambiente, lembre-se que você casou com ele(a), isso significa que ele(a) tem opinião e decisões próprias, casar não te faz dono(a) do outro!!!
Por segundo, sabemos que há
responsabilidades ao se casar, você deixa de ser um, e tem que pensar no outro,
se cuidar pelo outro, e as vezes se abdicar. Nem sempre podemos, ou devemos,
fazer tudo ou nos permitir tudo, um lado tem que ceder, mesmo que
irritados, devemos nos negar e tentar de outra forma. Confesso que meu esposo
faz mais essa parte, mas percebo o quanto é importante para manter nosso equilíbrio.
Casar é encontrar alguém que voe com você, que dívida o caminho e que o
torne mais florido. Os dois pássaros devem voar por um mesmo caminho, e traçar
sonhos juntos. Não digo que tudo deve ser para os dois, as vezes temos sonhos individuais, mas que ele deve ser compartilhado e apoiado, afinal, agora
o que era um ser tornou dois, três.... Sim, haverá momentos em que vocês não
concordarão para onde ir, aconselho que o melhor é parar, se acalmar, e ter
aquela conversa, onde cada um expõe sua ideia e ver, juntos, qual é a melhor
opção.
Tenham certeza que casamento
lhe dá um ninho para onde voltar, um lugar onde poderá repousar e contar para o
outro sobre todo seu dia estressante, feliz, triste, emocionante...
Observo minhas aves, acho tão bonito.
Passam o dia fora da gaiola, e as vezes, voltam os três, se recolhem em um dos
poleiros (aqueles pauzinhos da gaiola, não sei se chama assim mesmo!) e ficam
juntas, se acariciando, cantando e se limpando. Isso sim é sentido de família,
e ir, desbravar a vida, mas ter o aconchego do lar para chorar, sorrir,
reclamar.... Mas este lar não nos deve dar a sensação de prisão.
Todo casal deve entender que
o outro tem amigos, e por mais que um sinta mais ciúme do que o outro há o
respeito e a confiança. Casar não é amarrar uma de suas asas ao do seu
companheiro(a), e o voou ser apenas permitido quando estão juntos! Na verdade um
deve fortalecer o outro a voar sozinho sempre, para que quando um se sentir
mal, se machucar ou cair pelo caminho, o outro possa carregar o parceiro(a), e
esperar que ele(a) melhore para voltar a voar sozinho(a). Casamento não é prisão! E
se você sente que o seu se parece com uma gaiola é melhor sentar e conversar,
expor como se sente, e o que te faz sentir preso(a), observar que as vezes
recebemos de volta aquilo que fazemos, afinal, “Ele não pode ter amiguinhas mas
tem que aceitar meus amigos” não é nada justo.
Abra a porta dessa gaiola e voe, seja junto ou sozinho(a). Não somos feitos
para ficarmos presos, isso nos angústia, entristece e ninguém se sente bem. Nem
sempre voar junto é fácil, lidar com o outro é muito difícil, mas com certeza
os espinhos do caminho se tornam menos dolorosos.
Espero que tenham gostado!
Kissus, kissus e até a próxima pessoal!
Crédito da imagem:
http://pequenasepifaniaseoutrosdevaneios.blogspot.com.br/2013_02_01_archive.html